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Em SC, Bolsonaro entrega veículos e condena exagero em medidas contra a Covid Destaque

Após o evento, presidente andou pela multidão e tirou fotos com apoiadores Após o evento, presidente andou pela multidão e tirou fotos com apoiadores Murici Balbinot

Em SC, Bolsonaro entrega veículos e condena exagero em medidas contra a Covid

O presidente da República Jair Bolsonaro esteve em Santa Catarina nesta quinta-feira (4) para entrega oficial de veículos à rede de assistência social do Estado. No discurso, o presidente condenou medidas exageradas contra a Covid e pediu para o brasileiro não se "acovardar". Em outro momento, afirmou que o combate à pandemia não pode causar mais mortes do que o próprio vírus.

"Não devemos nos acovardar, se omitir. Lamentamos cada morte havida no Brasil, não interessa a causa dela, mas não podemos fazer com que medidas para conter uma pandemia no futuro venham a causar mais mortes que o próprio vírus", disse o presidente.

"É uma pandemia que veio para ficar. Não adianta ficarmos nos lastimando, fazendo placares daquilo que de ruim venha a acontecer", acrescentou. 

Bolsonaro reafirmou que o "governo federal fez tudo que era possível" e que não faltou dinheiro para prefeitos e governadores durante a pandemia. Além disso, disse que sempre defendeu a compra da vacina, desde que aprovada pela Anvisa. 

O presidente dedicou um tempo entre os 12 minutos de discurso para falar da relação com a imprensa. Disse que o setor é importante para o Brasil, desde que não se politize.

"Duvido alguém que apanhou mais [da imprensa] do que eu. Isso apenas serve para me fortalecer. Onde eu vou recebo apoio. [...] Tem que criticar, mas não fazer política em cima do gestor", afirmou.

Em outro momento, reclamou da herança de outros governos. "Recebemos um país quebrado [...] Quando se encontra um estrangeiro a pergunta é: 'o que tem de errado no Brasil?'".

Além disso, comemorou os resultados recentes das eleições na Câmara e no Senado. "O parlamento deu sinais de que quer trabalhar e não ficar refém de uma pessoa. E era uma só pessoa que coloca alguns óbices para nós", afirmou, referindo-se ao ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ), seu adversário político.

 

A eleição de Arthur Lira (Progressistas/AL) e Rodrigo Pacheco (DEM/MG), na Câmara e Senado, respectivamente, foi motivo de comemoração também dos aliados do presidente. O ministro Onyx Lorenzoni, da Cidadania, afirmou que a troca de comando no Parlamento vai destravar as pautas do Brasil. Da mesma forma, afirmou o deputado federal e coordenador da bancada catarinense em Brasília, Daniel Freitas (PSL): "essa renovação permite pautar os projetos que há tanto tempo estão engavetados". 


O governador Carlos Moisés focou a fala nos números do Estado, tanto na pandemia, quanto na economia, e mandou um aceno ao Planalto. "Nosso campo não parou, nossa indústria não parou. O agronegócio representou 70% das exportações [...]  Alem disso, temos a menor letalidade do país", disse. Também citou a revisão de contratos do Executivo e redução do déficit estadual, "no caminho do enxugamento da máquina pública assim como o governo federal".

"As coisas que nos afastam são infinitamente menores do que as coisas que nos aproximam", acrescentou o governador, olhando em direção a Bolsonaro.


O novo secretário de Estado do Desenvolvimento Social, Claudinei Marques, esteve no evento e ressaltou a importância dos veículos. "Esses valores chegam no momento certo. Isso vem de encontro a uma grande necessidade do Estado de Santa Catarina. Vai ajudar e muito o desenvolvimento social", disse.

Entrega

Ao todo, são 225 automóveis de passeio destinados a 135 municípios catarinenses. O evento reuniu mais de 200 motoristas que saíram, logo após o ato, em direção às cidades beneficiadas, já dirigindo os veículos.

A entrega representa um repasse de R$ 11,6 milhões. A emenda parlamentar prevê ainda mais R$ 14,8 milhões em 101 novos veículos - 61 carros e 40 micro-ônibus - que serão entregues futuramente. O total é de R$ 26,4 milhões.

Os veículos são utilizados para apoio no atendimento de famílias carentes e cadastradas nos programas sociais do poder público.

O evento, que aconteceu na Academia Nacional da PRF, em Florianópolis, atrasou cerca de uma hora. Isso porque o avião presidencial saiu muito mais tarde do que o previsto de Cascavel, Paraná, onde Bolsonaro cumpria outra agenda. Apesar do temporal que atingiu a Capital, o presidente pousou às 13h50. O evento estava previsto para às 14h e começou às 15h. 

Bolsonaro vistoriou um dos carros. Sentou no banco do motorista, buzinou, e ligou o motor, posando para fotos. O ato encerrou-se às 16h20. O presidente foi direto ao Aeroporto para voltar a Brasília.


Autoridades

O evento teve a presença do ministro da Cidadania, Onyx Lorenxoni, ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luis Eduardo Ramos, do governador Carlos Moisés da Silva, da vice, Daniela Reinehr. Também estiveram presentes o senador Jorginho Mello (PL), senador Dário Berger (MDB), senador Esperidião Amin (Progressistas), deputados federais Carmen Zanotto (Cidadania), Angela Amin (Progressistas), Daniel Freitas (PSL), Coronel Armando (PSL), Hélio Costa (Republicanos), Darci de Matos (PSD), Ricardo Guidi (PSD), Geovania de Sá (PSDB), Carlos Chiodini (MDB), Rodrigo Coelho (PSB), Eduardo Bolsonaro (PSL/SP), dos deputados estaduais Sargento Lima (PSL), Coronel Mocellin (PSL), Ricardo Alba (PSL), Sergio Motta (Republicanos), Jair Miotto (PSC), entre outros, prefeitos e secretários.