Despedidas e Reencontros

Ao observarmos um veleiro no mar, indo em direção ao seu destino, vemos o mesmo se afastar aos poucos. Mas em se afastando, vai sumindo lentamente.

E então, mais e mais ele se afasta, até não divisarmos a sua silhueta. Apenas as velas e o mastro ainda são visíveis, que desaparecem confundindo-se com a linha do horizonte. Não mais o vemos. Dizemos então; ele se foi. Levou consigo sua história e a saudade dos que ficaram. Mas  lá do outro lado para onde ele  se foi, alguém diz; lá vem o veleiro. Lá vem o veleiro, com as suas histórias e  as suas saudades. E aquele veleiro chegando, é esperado com muita ansiedade por amigos que o conheciam. Somos assim como um veleiro. Viajando por infinitas jornadas, indo e vindo, deixando muitos que nos são caros e partindo para encontrar outros, que nos esperam com saudades em portos distantes. O reencontro é uma realidade e sempre que partimos, também chegamos  em algum lugar. Sempre que dizemos adeus, alguém está nos dizendo olá. A vida não cessa e a morte é apenas a sensação temporária da despedida.

( Inspirado em texto de Victor Marie Hugo ).