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Sábado, 08 Outubro 2016 11:18

Câncer de mama

O câncer de mama é um tumor maligno que se desenvolve na mama como consequência de alterações genéticas em algum conjunto de células da mama, que passam a se dividir descontroladamente. Ocorre o crescimento anormal das células mamárias, tanto do ducto mamário quanto dos glóbulos mamários. Esse é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o mundo, sendo 1,38 milhões de novos casos e 458 mil mortes pela doença por ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). A proporção em homens e mulheres é de 1:100 - ou seja, para cada 100 mulheres com câncer de mama, um homem terá a doença. No Brasil, o Ministério da Saúde estima 52.680 casos novos em um ano, com um risco estimado de 52 casos a cada 100 mil mulheres. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, cerca de uma a cada 12 mulheres terão um tumor nas mamas até os 90 anos de idade. Segundo o INCA, em 2016, 28,1% do total dos cânceres da mulher serão de mama.

O câncer de mama é relativamente raro antes dos 35 anos, mas acima dessa idade sua incidência cresce rápida e progressivamente. É importante lembrar que nem todo tumor na mama é maligno. A maioria dos nódulos (ou caroços) detectados na mama é benigna, mas isso só pode ser confirmado por meio de exames médicos.

O câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, tais como: idade, fatores endócrinos (história reprodutiva) fatores comportamentais e ambientais e fatores genéticos (hereditários).

Sintomas: O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos, por meio de alguns sinais e sintomas. A principal manifestação da doença é o nódulo, fixo e geralmente indolor. O nódulo está presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher. Outros sinais e sintomas são: pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo); pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço; e saída de líquido anormal das mamas.
Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados, porém podem estar relacionados a doenças benignas da mama.

A postura atenta das mulheres em relação à saúde das mamas, que significa conhecer o que é normal em seu corpo e quais as alterações consideradas suspeitas de câncer de mama, é fundamental para a detecção precoce dessa doença.

O câncer de mama é uma doença grave, mas que pode ser curada. Quanto mais cedo ele for detectado, mais fácil será curá-lo. Se no momento do diagnóstico o tumor tiver menos de 1 centímetro (estágio inicial), as chances de cura chegam a 95%, segundo a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama – Femama. Quanto maior o tumor, menor a probabilidade de vencer a doença. A detecção precoce é, portanto, uma estratégia fundamental na luta contra o câncer de mama.

Autoexame



Durante muito tempo, as campanhas de conscientização para o câncer de mama divulgaram a ideia de que o autoexame das mamas, baseado na palpação, era a melhor forma para detectá-lo precocemente. Mas o tempo passou, a medicina evoluiu e as recomendações mudaram.

Mamografia



Fundamental e insubstituível, a mamografia pode detectar nódulos de mama em seu estágio inicial, quando não são percebidos na palpação do autoexame feito pela mulher ou pelo profissional de saúde. Por serem pequenos, esses nódulos têm menor probabilidade de disseminação e mais chances de cura.

Por essa razão, as mulheres acima de 40 anos devem realizar a mamografia regularmente, em intervalos anuais. E, com a efetivação da Lei Federal nº 11.664/2008, em vigor a partir de 29 de abril de 2009, toda mulher brasileira tem direito a realizar pelo SUS sua mamografia anual a partir dessa idade.

Os tratamentos podem ser classificados em:

Terapia Local.
A terapia local visa tratar um tumor no local, sem afetar o resto do corpo. A cirurgia e a radioterapia são exemplos de tratamentos locais.

Terapia Sistêmica.
A terapia sistêmica refere-se a drogas que podem ser administradas por via oral, ou diretamente na corrente sanguínea para atingir as células cancerosas em qualquer parte do corpo. A quimioterapia, a terapia hormonal e a terapia-alvo são exemplos de terapias sistêmicas.

Terapia Adjuvante e Terapia Neoadjuvante.
Os pacientes com doença detectável após a cirurgia são, muitas vezes, submetidos a algum tipo de tratamento (quimioterapia, Hormonioterapia ou terapia-alvo) adicional para impedir uma recidiva, estes tratamentos são denominados terapia adjuvante. O objetivo da terapia adjuvante é destruir essas células remanescentes.

Alguns pacientes podem precisar de algum tipo de tratamento, como quimioterapia ou terapia hormonal, antes da cirurgia, com o objetivo de reduzir o tumor, e permitir uma cirurgia menos invasiva, o que é denominado terapia neoadjuvante.

Fonte: Ministério da Saúde. Instituto Nacional Do Câncer (INCA). Sociedade Brasileira de Mastologia.
Para ver este e outros temas anteriores você pode acessar o meu blog:
saudepublicasfs.wordpress.com
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