O vírus compromete o funcionamento do sistema imunológico humano, impedindo-o de executar sua tarefa adequadamente, que é a de protegê-lo contra as agressões externas (por bactérias, outros vírus, parasitas e mesmo por células cancerígenas). Com a progressiva lesão do sistema imunológico o organismo humano se torna cada vez mais suscetível a determinadas infecções e tumores, conhecidas como doenças oportunistas, que acabam por levar o doente à morte.
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a AIDS. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença, mas podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a AIDS. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença, mas podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.
Segundo o Departamento Nacional de DST/AIDS do Ministério da Saúde, pesquisas realizadas indicam que existem hoje no Brasil cerca de 630 mil pessoas vivendo com o vírus HIV, e que, dentre estas, cerca de 255 mil nunca teriam feito um teste de diagnóstico e, por isso, não conhecem sua sorologia.
Para se estabelecer o diagnóstico de AIDS é preciso estar infectado pelo vírus HIV e possuir uma contagem de linfócitos CD4 menor que 200 células/mm3 ou apresentar uma das doenças definidoras de AIDS, que são:
- Candidíase pulmonar ou traqueal.
- Candidíase de esôfago.
- Câncer de colo uterino invasivo ( HPV).
- Coccidioidomicose disseminada (uma infecção fúngica).
- Criptococose extrapulmonar ( uma infecção fúngica).
- Criptosporíase intestinal (doença parasitária).
- Citomegalovírus (doença viral).
- Encefalopatia do HIV (lesão cerebral pelo HIV).
- Herpes simples crônico (mais de um mês de duração) ou disseminado.
- Histoplasmose disseminada (infecção fúngica).
- Isosporíase intestinal crônica (doença parasitária).
- Sarcoma de Kaposi (neoplasia típica da AIDS).
- Linfoma de Burkitt.
- Linfoma do sistema nervoso central.
- Infecção disseminada por Mycobacterium avium complex (infecção bacteriana).
- Tuberculose disseminada.
- Pneumonia pelo fungo Pneumocystis carinii.
- Pneumonias recorrentes.
- Leucoencefalopatia multifocal recorrente (doença viral que ataca o cérebro).
- Sepse pela bactéria salmonela.
- Toxoplasmose cerebral.
- Síndrome consumptiva do HIV (emagrecimento do HIV).
Qualquer paciente que apresente uma das doenças acima provavelmente possui alguma deficiência imunológica, pois são problemas de saúde que não costumam surgir em indivíduos com sistema imune perfeito. As doenças listadas acima são típicas de pacientes com imunossupressão, não necessariamente por AIDS.
Após a infecção pelo HIV, o sistema imunológico demora cerca de um mês para produzir anticorpos em quantidade suficiente para serem detectados pelo teste. Por conta disso, o mais aconselhável é que se faça o exame após esse período.
Os testes para detectar o vírus HIV são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) sigilosa e gratuitamente nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), que são unidades da rede pública. Esse método permite que, em apenas meia hora, o paciente faça o teste, conheça o resultado e receba o serviço de aconselhamento necessário. Laboratórios da rede particular também realizam estes testes.
Ter um diagnóstico positivo do HIV precocemente permite que o paciente comece o seu tratamento no momento certo e tenha uma melhor qualidade de vida. Além disso, mães soropositivas podem aumentar suas chances de terem filhos sem o HIV, se forem orientadas corretamente e seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto.
Outros dois testes são fundamentais para o acompanhamento médico, são eles: Teste de CD4 que é o melhor indicador de como está funcionando o sistema imunológico e o Teste de Carga Viral, sendo que esse último mostra se o vírus está se reproduzindo no organismo (quantidade do vírus HIV que circula no sangue). Eles são cruciais para o profissional decidir o momento mais adequado para iniciar o tratamento ou modificá-lo e como servem para monitorar a saúde de quem toma os antirretrovirais ou não, o Consenso de Terapia Antirretroviral recomenda que esses exames sejam realizados a cada três ou quatro meses.
O tratamento da AIDS é feito com medicamentos antirretrovirais que são fornecidos gratuitamente pelo SUS. Estes medicamentos combatem o vírus e fortalecem o sistema imune, mas não curam a doença porque a cura da AIDS ainda não foi descoberta.
O tratamento antirretroviral é bastante complexo, podendo ocasionar efeitos colaterais e deve ser assistido por uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde, que oferece atendimento integral ao paciente: médicos, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais, entre outros. Além disso, os exames que acompanham o estado de saúde do paciente devem ser feitos periodicamente.
É importante saber que o vírus HIV não é transmitido pelo beijo, toque, abraço, aperto de mão, compartilhamento de toalhas, talheres, pratos, suor ou lágrimas. Portanto, toda pessoa soropositiva pode e deve receber muito carinho e atenção!
Fonte: Ministério da Saúde.
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