
Coluna da Saúde (89)

Infectologista Luiz Henrique Melo A mpox foi considerada emergência global de saúde devido à preocupante incidência no continente africano. A doença, antes identificada como varíola dos macacos, espalha-se pela África Central, incluindo países onde nunca foi detectada até então.
O infectologista Luiz Henrique Melo, do Hospital Dona Helena, de Joinville (SC), explica que a mpox deixou de ser associada a macacos porque outros animais, especialmente roedores, também podem transmitir a doença. Além disso, pode haver contágio entre seres humanos pelo contato íntimo e durante a gestação.
No Brasil, em 2024, foram registrados 709 casos confirmados ou prováveis de mpox, todos da variante que circula por aqui desde 2022. Da chegada da doença ao país até o momento, houve 16 óbitos. A morte mais recente ocorreu em abril de 2023.
Luiz Henrique Melo lembra que o Ministério da Saúde não mudou o índice de alerta para a doença, mas reitera que os cuidados básicos sempre são recomendáveis – manter as mãos higienizadas, evitar contato com quem tem suspeita da doença e, se possível, tomar a vacina.
Principais sintomas
A mpox se caracteriza, principalmente, por febre, dor no corpo e dor de cabeça – nos três primeiros dias –, sintomas que seguem com o surgimento das lesões de pele, principalmente no rosto, mãos e região genital. A duração média do quadro é de 21 dias. “Pessoas com baixa imunidade, adultos com mais de 60 anos, crianças com menos de 15 anos e gestantes são os grupos mais vulneráveis” observa o médico, acrescentando que pessoas adultas que foram vacinadas contra a varíola até os anos 80 são menos vulneráveis à doença.
Os índices de letalidade da mpox são considerados baixos (hoje, em torno de 3,2%) mas dependem bastante de vários fatores associados como a própria linhagem do vírus, a imunidade da pessoa e, também, a estrutura local para atendimento.
Melo sublinha, ainda, que é muito importante buscar orientação médica imediatamente, se constatados os sintomas característicos da doença. Na maioria dos casos, o tratamento pode ser feito em casa, mantendo-se a pessoa isolada, no mínimo até a queda das crostas das feridas. |
Empresários da saúde pedem solução para paralisação na Anvisa
Empresários da indústria da saúde reclamaram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quarta-feira (14), sobre os impactos que a paralisação e a redução das atividades dos servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estão acarretando ao setor. No fim de julho, uma mobilização de 48 horas interrompeu o serviço tanto na Anvisa como em outras agências reguladoras. No caso da agência sanitária, uma operação-padrão vem ocorrendo há cerca de dois meses.
"Presidente, a Anvisa não pode parar. Ela representa 25% do PIB brasileiro. E, com essa greve que está acontecendo, com a falta de funcionários, é importantíssimo que a gente consiga reverter esse tema", afirmou Paulo Henrique Fraccaro, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo), durante evento, no Palácio do Planalto, para o anúncio de novos investimentos públicos e privados no setor [https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2024-08/governo-e-industria-da-saude-anunciam-r-574-bilhoes-em-investimentos].
Segundo Fraccaro, a redução do serviço na Anvisa está atrasando o registro de produtos, incluindo fármacos e dispositivos médicos. "Mesmo retornando, não tem funcionários suficientes para colocar em dia possíveis atrasos", acrescentou.
Presidente-executivo da FarmaBrasil, Reginaldo Arcuri também pediu uma solução para a negociação salarial com os servidores. "É essencial e urgente garantir a agilidade nesses procedimentos, para que a indústria não tenha o resultado de seus investimentos represados por falta de condições da Anvisa. Em 2023, o valor médio de medicamentos pendentes de análise na Anvisa atingiu R$ 17 bilhões", apontou.
Como a maior parte das matérias-primas da indústria farmacêutica é importada, incluindo o ingrediente farmacêutico ativo (IFA), fundamental na formulação de medicamentos, pode haver comprometimento dos estoques das empresas.
Após a cerimônia no Planalto, a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, disse à Agência Brasil que oferta mais recente, apresentada ao Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências), inclui reajuste de até 23% nos salários, divididos em duas parcelas (janeiro de 2025 e abril de 2026).
"A gente não consegue recuperar todas as perdas agora, que era o que eles gostariam ter, mas é um acordo muito bom, a gente espera que eles aceitem". Durante a cerimônia, depois de ouvir a cobrança dos empresários, o próprio presidente Lula pediu empenho da ministra na negociação. "A Esther está com essa dívida com a Anvisa, que é a greve, mas depois do apelo que você fez [referindo-se ao empresário], ela vai resolver", disse Lula.
A reportagem procurou o Sinagências para se manifestar, mas não obteve retorno até o momento.
Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil - Fonte: Agência Brasil
Programas de extensão da Udesc apoiam ações do Junho Laranja contra queimaduras
O Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (Cefid), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), está apoiando ações da campanha Junho Laranja, da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), para alertar a população e autoridades sobre os riscos de acidentes com queimaduras e os traumas que eles podem causar.
O tema principal deste ano é a prevenção de acidentes domésticos com queimaduras, com o slogan “Queimaduras? Na minha casa não!”, pois 70% dos casos ocorrem nesse ambiente, tendo crianças (92%) e idosos (84,4%) como principais vítimas. Além disso, as queimaduras ocupam o quarto lugar como causa de óbito entre crianças no Brasil.
“Aqui no estado, estaremos novamente desenvolvendo atividades relativas ao Junho Laranja, que ocorre em razão do Dia Nacional de Luta contra Queimaduras, em 6 de junho, instituído pela Lei Federal nº 12.026/2009“, destaca o fisioterapeuta da Udesc Cefid Juliano Tibola, que é o presidente da Regional Santa Catarina da SBQ.
Na quinta-feira, 6, haverá atividades educativas de prevenção do Junho Laranja, com distribuição de fôlderes, em três locais de Florianópolis: na Casa de Apoio Vovó Gertrudes e no Ambulatório do Hospital Infantil Joana de Gusmão, no Bairro Agronômica; e na Clínica Escola de Fisioterapia da Udesc Cefid, no Bairro Coqueiros. Já na sexta-feira, 7, essa atividade será no Ambulatório do Hospital Universitário da Ufsc, no Bairro Trindade.
As ações da Regional Santa Catarina da SBQ têm parceria dos programas de extensão “Restaura: fisioterapia dermatofuncional em queimaduras”, da Udesc Cefid e coordenado por Tibola, e Esag Kids, da Udesc Esag e coordenado pelo professor Eduardo Jara; do projeto de extensão Enfermagem dermatológica em condições crônicas de saúde, da Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc); e do Hospital Infantil Joana de Gusmão.
Dia Mundial da Hipertensão
Prevenção da hipertensão: nutrólogo e educador físico dão dicas. |
O dia 17 de maio é considerado o Dia Mundial da Hipertensão, que busca trazer informação e foco para essa doença que vem crescendo exponencialmente nos últimos anos. A alimentação e a prática de atividade física são pontos importantes na prevenção e cuidado. De acordo com Thomáz Baêsso (@thomazbaesso), médico atuante em nutrologia, afiliado do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais)/São Paulo, com vasta experiência em emagrecimento, hipertrofia e saúde sexual, a alimentação tem relação com o desenvolvimento da hipertensão a partir do momento em que a rotina com alimentos açucarados, industrializados, ricos em gorduras são importantes no ganho de peso e inflamação corporal - tendo esses últimos influência direta na gênese da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Os principais nutrientes que podem ajudar na prevenção, segundo Thomáz, são aqueles com fontes de ômega 3 como nozes, sardinha e atum que têm efeito positivo sobre o sistema cardiovascular. Além disso, a correta ingestão de vegetais e fibras como as presentes na aveia, sementes ricas em magnésio e antioxidantes são de grande valor na prevenção de lesão endotelial e outros problemas de coração, artérias e veias. Deve-se evitar:
Optar por incluir:
O que é a dieta DASH e como ela pode ajudar na prevenção da hipertensão?
O nutrólogo aponta que a “Dietary Approaches to Stop Hypertension” (DASH), é uma abordagem dietética para se usar em longo prazo, para a vida e consiste no aumento do consumo de alimentos fontes de magnésio, potássio, fibras e oleaginosas, diminuição de carboidrato refinado e sódio. Tem efeitos tanto em prevenção como no indivíduo já portador de hipertensão arterial.
Sinais de alerta para prevenção e controle:
O médico finaliza ao comentar alguns pontos de atenção especial, que deve ser dada para níveis de vitaminas do complexo B, coenzima q10 (que deve ser avaliada sua suplementação em todos os pacientes que utilizam estatinas- sinvastatina, atorvastatina, rosuvastatina e similares) e também na população em risco para hipertensão.
Antioxidantes potentes como resveratrol, que é presente na uva, porém tem sua forma mais potente por meio da suplementação do transresveratrol.
Suplementação de curcumina e peperina, que são extraídas da curcuma (açafrão da terra) e da pimenta preta respectivamente, são potentes anti-inflamatórios e antioxidantes, além de terem o poder de melhorar o perfil de colesterol.
O papel da atividade física:
Lincoln Cavalcante (@lincolncavalcante), personal trainer fundador da Neuro Performance EMS e criador do método TOP10Rounds, conhecido por treinar celebridades, diz que a atividade física torna o sistema cardiovascular mais eficiente, fornecendo um volume maior de sangue, com menos batimentos cardíacos, e esse ganho reduz o risco de hipertensão arterial.
“Os exercícios considerados aeróbios, são os mais eficientes na saúde do coração. Exercícios como corrida, pular corda, boxe, natação, são exemplos de exercícios mais eficientes que o treinamento de força”, argumenta.
Uma das diretrizes amplamente adotadas em todo o mundo, do American College of Sports Medicine (ACSM), orienta que adultos realizem 30 minutos ou mais de atividade física com intensidade moderada pelo menos 5 dias por semana, ou 20 minutos de atividade física de intensidade vigorosa pelo menos 3 dias por semana.
A intensidade é bem individualizada, e com o tempo o corpo se adapta aos estímulos, podendo sempre aumentar a intensidade para que o exercício seja eficiente na prevenção da hipertensão.
Lincoln observa que um dos principais cuidados a serem tomados é primeiramente saber se o praticante está medicado. Se não estiver medicado, aferir a pressão arterial do aluno a cada 15 minutos, e perceber sintomas como dor de cabeça, dor na nuca ou tontura. “Um hipertenso medicado tem as mesmas capacidades que uma pessoa sem hipertensão. A intensidade é que deve ser respeitada de acordo com o nível do aluno”.
Benefícios:
A atividade física contribui para redução do colesterol ruim, conhecido como LDL (lipoproteína de baixa intensidade). Essas lipoproteínas de baixa intensidade dificultam a passagem do sangue, gerando pressão sanguínea maior. Um outro fator que a atividade física contribui na prevenção da hipertensão, é a produção natural do óxido nítrico (NO2) que faz a função do vasodilatador.
Algumas atividades podem ser realizadas em casa, como pular corda, polichinelos, corrida, e até aulas oferecidas online, são ótimas opções.
A atividade física e a boa alimentação é fundamental para evitar a hipertensão arterial, porém existem casos genéticos que mesmo com bons hábitos, se pode obter a patologia. FONTES:
Thomáz Baêsso (@thomazbaesso), médico atuante em nutrologia, afiliado do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais)/São Paulo, com vasta experiência em emagrecimento, hipertrofia e saúde sexual. CRM: 235249.
Lincoln Cavalcante (@lincolncavalcante), personal trainer fundador da Neuro Performance EMS e criador do método TOP10Rounds, conhecido por treinar celebridades - CREF: 18863 G RJ. Fundador da Neuro Performance EMS Training e Criador do método TOP10Rounds, Lincoln Cavalcante é Personal Trainer e está presente no mercado Fitness e Wellness há 15 anos. Ficou bastante conhecido por treinar Marina Ruy Barbosa e atualmente é responsável pela boa forma das celebridades Murilo Rosa, Lívian Aragão, Isabelle Drummond, Dandara Mariano e da atleta pentacampeã Kyra Gracie. Com mais de 25 anos de experiência em artes marciais, o preparador físico é faixa preta de kickboxing e grau preto no Muay Thai. Além disso, ficou entre os 10 personal trainers mais requisitados do Brasil em 2016 pela GQ Magazine e em 2017 pela Revista Glamour. No âmbito de competições, Lincoln também se destaca: é tricampeão brasileiro, campeão sul-americano e campeão mundial de kickboxing. Levou seu trabalho para o exterior e fundou o Programa Funcional Fitness na San Diego Brazilian Jiu-Jitsu, Califórnia (EUA). Além disso, o personal é idealizador do protocolo de lutas Neuro Performance e com seu sucesso, abriu o seu primeiro estúdio para aplicá-lo.
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Hérnia de disco tem cura? Entenda a condição que afeta a coluna
Problemas na coluna são uma realidade comum na vida de muitas pessoas, segundo a OMS - Organização Mundial da Saúde, 80% da população mundial já teve ou terá dores nas costas, algo que afeta diretamente a qualidade de vida e restringindo atividades diárias.
Entre os diversos problemas de coluna, a hérnia de disco é uma das principais causas de desconforto, mas também ainda é alvo de diversas dúvidas sobre o seu surgimento e tratamento.
Como surge a hérnia de disco?
De acordo com o Nеuro-Ortopеdista, Dr. Luiz Fеlipе Carvalho, o surgimento de hérnia acontece nos discos gelatinosos na coluna vertebral.
“A hérnia de disco surge principalmente devido ao desgaste natural da coluna vertebral com o envelhecimento. Ela surge quando o núcleo gelatinoso do disco intervertebral se projeta para trás rompendo o anulo fibroso, pressionando os nervos e gerando lesões causadas por movimentos bruscos, esforço excessivo ou traumatismos também podem contribuir para o desenvolvimento da hérnia de disco”, explica.
Tratamento para a hérnia de disco
A abordagem usada para tratar a hérnia de disco pode variar bastante de acordo com a gravidade do caso e da situação do paciente, para ajudar a restaurar a qualidade de vida do paciente, explica Dr. Luiz Felipe Carvalho.
“Em casos menos graves, normalmente são usados métodos menos invasivos, como fisioterapia, medicamentos e repouso, que podem aliviar os sintomas. Podemos utilizar técnica de tratamento com uso de célula tronco para modulação das dores e diminuição da hérnia discal. Já em situações mais graves, podem ser necessárias cirurgias para aliviar a pressão sobre os nervos”.
“Em muitos casos, a condição pode ser gerenciada de forma eficiente, permitindo que as pessoas levem vidas ativas normalmente após o tratamento. Mas alguns fatores não podem ser totalmente eliminados, como o desgaste natural pelo envelhecimento”, explica Dr. Luiz Felipe Carvalho.
Sobre o Dr. Luiz Felipe Carvalho
Dr. Luiz Felipe Carvalho é ortopedista especialista em coluna vertebral e medicina regenerativa. Já tratou grandes atletas como o jogador de futebol Rodrigo Dourado e o Ferreirinha do Grêmio. Além do tenista Argentino naturalizado Uruguaio Pablo Cuevas que faz tratamento com célula tronco desde 2017 melhorando muito sua performance avançando no ranking desde então.
O Gaúcho possui um profundo conhecimento sobre os modernos procedimentos cirúrgicos da coluna vertebral e também trabalha com técnicas minimamente invasivas. É diplomado pela Academia Americana de Medicina Regenerativa (AABRM), e pelo grupo Latino Americano ORTHOREGEN. Atualmente está estruturando o serviço de Medicina Regenerativa na Cidade de São Paulo para tratamentos de Artrose e de dores crônicas osteomusculares.
Evitar comidas ultraprocessadas, transgênicas e com conservantes químicos, mantendo rotina ativa, sem tabagismo e controlando o peso, afora consumir alimentos anti-inflamatórios e antioxidantes, como carnes brancas, frutas vermelhas, folhas verde-escuras, legumes e sementes ricas em ômega-3 são importantes na imunização prévia à DII (Doença Intestinal Inflamatória) e à manutenção saudável do revestimento do cólon.
“No Brasil, para se ter uma ideia, entre 2012 e 2020 as DIIs deram um salto de 30,01 para 100,13 casos por 100 mil habitantes, deixando de ser classificadas como raras. Cultivar uma dieta saudável, rica, regrada e variada junto a acompanhamentos psicológicos que controlem ansiedade e depressão são chaves para aliviar o estresse cotidiano, principal vilão intestinal”, analisa Lucas Boarini, coloproctologista e coordenador do Núcleo de Doença Inflamatória Intestinal do São Luiz São Caetano.
Por ser um conjunto de condições que afetam adultos de 15 a 40 anos e, num pico tardio, idosos de 60 a 70 anos, as DIIs têm sintomas crônicos como diarreia, pus, muco e sangramento anal, bem como cólicas, gases, fraqueza, inapetência e febre, acometendo um total de 5 milhões de pessoas no mundo. Autoimunes, elas exigem descoberta precoce, impedindo crises traumáticas.
“Analisá-las com atenção e profundidade é fundamental. Às vezes o doente confunde a questão com viroses comuns, dando tempo para o quadro evoluir. A regra é: apresentou sintomas? Tem histórico familiar? Come mal? Procure um coloproctologista ou gastroenteroligista e realize exames”, pontua o médico.
As mais frequentes são a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn. Ambas são multifatoriais. Os pacientes nascem com uma predisposição genética mas, de acordo com os fatores ambientais que são expostos, podem ou não desenvolvê-las. Esses fatores alteram a microbiota intestinal (bactérias, vírus e fungos naturais do corpo) promovendo agressão ao sistema imunológico. A primeira atinge a mucosa do intestino grosso, gerando diarreia e anemia. Já a segunda, que leva o nome de seu descobridor, o estadunidense Burril B. Crohn, pode causar inflamação em todo o intestino. O recente testemunho de Evaristo Costa, jornalista portador da condição, ajudou a elucidar e desmistificar seu enfrentamento
“Por ser incurável mas altamente tratável, esse grupo de enfermidades demanda um pronto tratamento, preponderante para impedir picos e situações extremas tais quais perfuração intestinal e estenose (fechamento do intestino), que levam à urgência cirúrgica com possibilidade de utilizar ostomia (bolsinha de intestino que é colocado externamente na barriga)”, reforça Boarini.
Para diagnosticá-las, o paciente é submetido a colonoscopia, biópsia, tomografia, ressonância e análises laboratoriais. As terapias incluem, em alguns casos, a utilização de estomas (bolsas coletoras de fezes). Durante a convalescença estão aprovados o uso dos corticoides sulfasalazina e mesalazina, além de drogas iminomoduladoras, que controlam agravos.
Primeiro hospital da bandeira fora de São Paulo, a unidade São Luiz no ABC Paulista conta com um time especializado e capacitado em coloproctologia, gastroenterolgia, nutrição, psicologia e enfermagem, realizando consultas, exames e cirurgias. Batizado de GastroD’Or, o núcleo possui abordagem multidisciplinar e equipamentos de ponta visando a remissão desses males e um cuidado completo do sistema digestivo.
Agência VFR - Kelly Nogueira
Remessa com 15 mil doses da vacina contra a dengue chega a Santa Catarina
As primeiras 15 mil doses da vacina contra a dengue chegaram ao Estado de Santa Catarina na noite de quarta (21/2), devendo nas próximas horas chegarem mais 14.100 doses, totalizando 29.100 na primeira etapa. Devido ao limitado quantitativo de imunizantes disponíveis, neste primeiro momento, segundo orientação do Ministério da Saúde, será utilizado para aplicação da primeira dose em crianças de 10 e 11 anos de 13 municípios da região Norte. A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), fará a distribuição das vacinas aos municípios contemplados já nesta quinta (22/2).
A administração da vacina contra a dengue é realizada em um esquema de duas doses com um intervalo de três meses entre elas. A Secretária de Estado de Saúde, Carmen Zanotto, destaca que vacinar as crianças contra a doença é importante, mas é apenas mais uma das estratégias de enfrentamento à doença.
“Devemos lembrar que o quantitativo de doses ainda é muito reduzido e apenas uma pequena parcela da população será contemplada. Então, devemos nos manter em alerta e vigilantes, na nossa casa, escola, ambiente de trabalho, eliminando locais que possam acumular água”, ressalta a secretária.
A vacinação contra a dengue tem como objetivo reduzir as hospitalizações e óbitos decorrentes da doença. Para tanto, é necessário alcançar a meta de 90% para o esquema completo da vacinação, ou seja, a proteção está vinculada à segunda dose que deve ser aplicada com intervalo de 90 dias entre elas.
Lista dos Munícipios Contemplados: Araquari, Balneário Barra do Sul, Barra Velha, Corupá, Garuva, Guaramirim, Itapoá, Jaraguá do Sul, Joinville, Massaranduba, São Francisco do Sul, São João do Itaperiú e Schoroeder.
Seleção dos municípios contemplados com a vacina
Foram selecionados para receber as doses da vacina, segundo o Informe Técnico Operacional da Estratégia de Vacinação contra a dengue em 2024, do Ministério da Saúde, “os municípios de grande porte (população maior ou igual a 100 mil habitantes) com alta transmissão de dengue nos últimos 10 anos, incluindo os demais municípios das suas regiões de saúde de abrangência, independentemente do porte populacional, ordenados pela predominância do sorotipo DENV-2 (reemergência recente) e pelo maior número de casos no monitoramento 2023/2024 (SE-27/2023 à SE-02/2024)
A ordem de distribuição das doses, ainda segundo o Informe Técnico, “foi definida seguindo três parâmetros: o primeiro é o rankeamento das Regiões de Saúde e Município, o segundo é o quantitativo de doses necessário para a população-alvo conforme a disponibilidade de doses e o terceiro é o cálculo do quantitativo total de doses entregue em apenas uma remessa ao município”.
Governo de Santa Catarina divulga panorama epidemiológico da dengue e estratégias para 2024
Nesta quinta-feira, 25, o Governo do Estado de Santa Catarina conduziu uma coletiva de imprensa para compartilhar informações sobre a situação epidemiológica da dengue na região, que apresenta um aumento de 900% nos casos em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, foi anunciada a integração das diferentes esferas do governo com o propósito de colaborar no combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti ao longo de 2024. O Grupo de Ações Coordenadas (GRAC) passará a realizar reuniões semanais a partir da próxima semana.
Antes do encontro, uma reunião técnica de trabalho foi realizada, contando com a participação de autoridades, incluindo o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, a vice-governadora Marilisa Boehm, a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, o superintendente de Vigilância em Saúde, Fábio Gaudenzi, além de representantes de outras áreas do governo e entidades como a Fiesc, Facisc, FCDL, Cosems e Fecam.
"Estamos tomando medidas preventivas. Em 2023, dedicamos esforços significativos no combate à dengue, iniciando em março quando os casos começaram a aumentar. No entanto, percebemos que este ano será necessário começar em janeiro. O calor e as chuvas contribuem para o aumento dos casos, e é crucial unir esforços. Além dos repasses previstos, toda a estrutura do governo estará envolvida na prevenção. Um exemplo disso é o Detran, que assinará um termo com o Tribunal de Justiça para esvaziar os depósitos de carros em todo o estado", ressaltou o governador.
Com a integração das diferentes esferas governamentais e entidades, espera-se implementar medidas intersetoriais e fortalecer as ações já realizadas pela Secretaria de Estado da Saúde no combate à dengue.
"Apelem para todos que compartilhem informações para combater essa doença que é fatal. Todas as secretarias realizarão vistorias em seus espaços, e agora, cada cidadão também desempenha um papel fundamental", alertou a vice-governadora Marilisa Boehm.
A secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, destacou que Santa Catarina não está isolada no enfrentamento da doença. "O país todo está enfrentando o aumento de casos de dengue. Contudo, o setor público não conseguirá lidar sozinho com a situação. Todos precisam cumprir sua parte, eliminando os criadouros do mosquito, vistoriando suas residências e locais de trabalho, cobrando dos vizinhos, e fazendo isso semanalmente", alertou.
De acordo com os dados apresentados na coletiva, o estado já registra 4.043 casos prováveis de dengue, com um óbito confirmado. Além disso, foram identificados mais de cinco mil focos do mosquito Aedes aegypti em 186 municípios, sendo que 154 já estão considerados infestados.
Os sintomas da dengue incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Podem também ocorrer náuseas e vômitos.
Todos os casos de dengue devem ser monitorados quanto à presença de sinais de alarme, como dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, hipotensão postural, sangramentos de mucosa, letargia (sonolência) ou irritabilidade.
"O tratamento principal da dengue é a hidratação adequada. Portanto, desde a entrada na unidade de saúde até a alta, a recomendação é receber hidratação, seja por via oral ou injetável, dependendo dos critérios de classificação do caso. Isso é essencial para evitar a progressão para casos graves. Para ilustrar, uma pessoa suspeita de dengue, pesando 60 quilos, deve ingerir mais de 3 litros de líquidos por dia durante o tratamento em casa", explicou Fábio Gaudenzi, médico infectologista e superintendente de Vigilância em Saúde de SC.
Vacina contra a dengue em Santa Catarina
Durante a coletiva, a secretária de Saúde destacou a importância da vacina contra a dengue. "Inicialmente, 13 municípios receberão doses para crianças de 10 a 14 anos, complementando as ações planejadas para prevenir a doença no Estado. Contudo, a vacina não é a solução definitiva. A colaboração de todos é crucial para evitar o nascimento do mosquito", explicou Carmen Zanotto.
A Secretaria de Estado da Saúde aguarda as informações oficiais do Ministério da Saúde sobre a chegada das doses para, então, divulgar o plano de aplicação da vacina no Estado.
São Francisco do Sul inova para atender a saúde feminina com a inauguração do Centro de Referência e Atendimento à Saúde da Mulher, no bairro Rocio Pequeno.
São Francisco do Sul inova para atender a saúde feminina com a inauguração do Centro de Referência e Atendimento à Saúde da Mulher, no bairro Rocio Pequeno, na manhã desta sexta-feira (20). O evento de inauguração foi um momento especial e contou com a presença do Prefeito Godofredo Gomes Moreira Filho, Vice-Prefeito Sérgio Murilo de Carvalho Oliveira, chefe de gabinete Tufi Michreff Neto, Deputado Federal Carlos Chiodini, secretário de Saúde Jefferson Pacheco de Moraes e colaboradores da área da saúde.
“Demonstrando a força da mulher francisquense, é com muita alegria que estamos abrindo oficialmente o Centro de Atendimento. Dessa forma, estamos cumprindo mais um compromisso com o nosso município”, disse o prefeito Godofredo Gomes Moreira Filho.
O Deputado Federal Carlos Chiodini citou a importância do Sistema Único de Saúde (SUS), e ressaltou que “essa obra transmite sensibilidade com o atendimento a essa camada tão importante da sociedade que já é maioria no Brasil e em Santa Catarina”.
Outubro Rosa é o mês de conscientização para mulheres buscarem exames preventivos.
No local serão ofertados os serviços de consulta obstétrica e ginecológica, consulta de enfermagem, psicológica e nutricional, planejamento familiar, processo para laqueadura, colocação de dispositivo intrauterino (DIU), realização de preventivo, ultrassonografia, testes rápidos de gravidez e doenças sexualmente transmissíveis.
O secretário de Saúde Pacheco de Moraes relembrou as recentes conquistas na saúde do município e destacou a inauguração do Centro.“Reformamos e revitalizamos esse espaço que agora será referenciado somente às mulheres. Aqui poderão ter um atendimento humanizado”. Um dos diferenciais do local, serão os grupos de apoio para gestantes e pais, mulheres em climatério e menopausa.
O Centro de Referência e Atendimento à Saúde da Mulher terá os atendimentos presenciais iniciados na segunda-feira (23). As mulheres podem ter acesso aos serviços de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, na rua Almirante Barroso, 653, anexo ao Serviço Móvel de Urgência (Samu).
Outubro Rosa: a importância do diagnóstico precoce para IST e outras doenças
Patricia Domingues, doutora em biociências e biotecnologia e assessora científica do laboratório ID8 - Inovação em Diagnóstico, destaca que a maioria das infecções sexualmente transmissíveis é silenciosa. E a subnotificação de muitas delas, como no caso da Sífilis, por exemplo, é outro problema que faz com que muitas pessoas ainda sejam afetadas sem saber.
De 2017 a 2021, segundo dados da Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa), foram quase 40 mil novos casos de Sífilis diagnosticados somente no estado. No caso do HPV, responsável por quase 100% dos casos de câncer do colo do útero, o ideal é que o médico disponha de ferramentas diagnósticas para identificar a presença do material genético do vírus, e determinar se a infecção ocorreu por uma cepa viral de Alto ou Baixo risco de desenvolvimento de câncer. Esses testes podem ser realizados por diagnósticos moleculares, que, além de mais sensíveis que os exames de citologia, são bastante específicos.
“O HPV é responsável pelo aparecimento do câncer do colo uterino, seu tratamento vai desde a eliminação da lesão, quando descoberto precocemente, até cirurgias maiores em casos de doença avançada. Já o aumento de casos de clamídia, ureaplasma e mycoplasma têm risco de levar a quadros de doença inflamatória pélvica e infertilidade”, complementa Luiz Augusto Mazzarotto, ginecologista do Hospital VITA.
Por, geralmente, as IST serem assintomáticas, a falta de um diagnóstico rápido e preciso leva a uma maior taxa de transmissão e complicações clínicas. Nesse cenário, a agilidade no diagnóstico é um diferencial.
“Quando tratamos do fluxo de serviço diagnóstico, a liberação do laudo para o médico não deve exceder 24 horas, uma vez que já temos tecnologias que permitem esse tempo de liberação. Com os exames, os médicos terão em mãos um laudo assertivo e poderão disponibilizar um tratamento personalizado a suas pacientes, evitando os tratamentos empíricos, que aumentam o predomínio dos organismos resistentes. Quanto mais cedo o tratamento adequado iniciar, maiores as chances de controlar o avanço da patologia”, explica Dra. Patricia.
O ID8 disponibiliza o exame de Painel HPV, que além de detectar a presença do patógeno, também diferencia até 35 genótipos de HPV, informando se o genótipo encontrado é de Alto ou Baixo Risco oncogênico. Proporcionando assim, um resultado assertivo que auxiliará o médico na escolha do tratamento mais adequado para cada caso e no monitoramento das pacientes. Dentre as soluções diagnósticas ofertadas pelo ID8 encontram-se também, os painéis moleculares para diagnóstico das ISTs que mais atingem a população. A agilidade no diagnóstico permite tratamentos assertivos e eficazes.
Outras doenças não devem ser esquecidas: Câncer de mama e de Colo de útero
O câncer de mama é o tipo mais comum de câncer entre pessoas adultas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), são mais de 2,3 milhões de casos registrados a cada ano. Em 95% dos países, é a primeira ou a segunda causa principal de mortes pela doença em mulheres. Mas homens, ainda que em casos muito raros, também podem manifestar o câncer de mama. Além disso, países com populações mais vulneráveis e com sistemas de saúde mais carentes de infraestrutura são menos capazes de administrar o problema de saúde.
Um estudo da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer indica que, em 2020, cerca de 4,4 milhões de mulheres morreram de câncer. Cerca de 25% do total de casos de câncer registrados foram de mama. Entre os tipos de câncer que mais matam, o câncer de mama é o quinto da lista, depois do câncer de pulmão, colorretal, fígado e estômago.
Algumas das razões para que ele seja tão comum na sociedade, dizem os especialistas, estão relacionadas a fatores sociais como o envelhecimento da população, maternidade cada vez mais tardia ou outras situações como obesidade, sedentarismo, consumo de álcool ou dietas inadequadas. As informações foram fornecidas ao jornal El País pelo médico Álvaro Rodriguez-Lescure, presidente da Sociedade Espanhola de Oncologia.
Câncer de colo do útero
O câncer do colo do útero é a principal causa de morte entre pessoas do sexo feminino na América Latina e no Caribe. Apesar de ser evitável e tratável, a doença mata 35,7 mil mulheres a cada ano nas Américas. A maioria desses casos (cerca de 80%) é registrado nessas regiões. Se as tendências atuais continuarem, estima-se que as mortes por câncer do colo do útero nas Américas aumente para mais de 51,5 mil em 2030 devido ao crescimento da população e aos ganhos na expectativa de vida. Quase 90% dessas mortes, de acordo com as perspectivas, ocorreriam na América Latina e no Caribe.
Uma das possibilidades de ações prévias que podem prevenir esse tipo de câncer é a vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV). O recomendado é que meninas entre nove e 14 anos sejam vacinadas nesta fase, pois os resultados mostram-se mais eficazes. As vacinas contra o HPV estão disponíveis em 35 países e territórios das Américas, mas as taxas de cobertura com as duas doses ainda não chegam a 80% das meninas. Junto com a vacinação contra o HPV, o rastreamento e o tratamento de lesões de forma precoce também podem prevenir novos casos e mortes. Se detectado precocemente, o câncer do colo do útero pode ser tratado e curado. Sem tratamento, esse câncer é quase sempre fatal.
Exames e cuidados fazem parte da prevenção
Várias são as formas de prevenção contra essas doenças. Luiz Augusto Mazzarotto, ginecologista do Hospital VITA, destaca que, além da consulta anual no ginecologista, evitar tabagismo e relações sexuais desprotegidas, manter alimentação saudável e praticar atividades físicas com regularidade são práticas essenciais para manter a saúde em dia e aliadas na prevenção.
“É extremamente importante que, em todas as idades, as meninas e mulheres façam a palpação das mamas e, no caso de identificarem qualquer nódulo sólido, procurem um médico o mais rápido possível. Nos casos das mulheres com histórico familiar de câncer de mama, o cuidado precisa ser redobrado. Para mulheres a partir de 40 anos, a mamografia também deve ser vista como uma aliada, assim como o exame ginecológico com a realização de papanicolau. Esses procedimentos devem ser feitos anualmente por toda mulher a partir do início da vida sexual. Para evitar as ISTs, o uso da camisinha é indispensável”, orienta.
Além dos cuidados, os exames preventivos são uma ótima alternativa para evitar doenças e até mesmo problemas na gravidez - tanto para a mulher, quanto para o feto. Essas análises acompanham a mulher em todas as fases da vida. Alguns são realizados desde a primeira consulta ao ginecologista, outros, após uma determinada idade ou ocorrência e devem ser repetidos todos os anos ou conforme indicação do médico. É importante lembrar que pessoas transgênero também devem realizar os exames de rotinas e de prevenção. Confira alguns e o que identificam e previnem:
Ultrassom pélvico: Exame não invasivo que possibilita ver útero, colo uterino, vagina, tubas uterinas e ovários. Geralmente é indicada a realização desde a primeira menstruação, pois garante que não existam complicações. Também é possível realizar o ultrassom transvaginal, exame que permite visualizar as mesmas estruturas de forma interna;
Papanicolau: Neste exame é possível identificar diversas doenças, como, por exemplo: Clamídia, Sífilis, Gonorreia, HPV, Candidíase, Tricomoníase e também detectar a presença de nódulos ou cistos. A realização desse exame é necessária para mulheres que iniciaram sua vida sexual, principalmente as que possuem entre 25 e 59 anos;
Mamografia e ultrassom das mamas: O exame de mamografia é pedido para mulheres a partir dos 40 anos, ou que tenham casos de câncer de mama na família. Ele detecta possíveis nódulos ou cistos. Para mulheres com menos de 40 anos, é indicado o ultrassom das mamas, e caso haja alguma alteração, é necessária a realização da mamografia;
Exame de sangue: Por meio da análise de amostras é possível verificar os níveis de colesterol, anemia, triglicérides, vitaminas e até mesmo se há a presença de alguma IST. Qualquer irregularidade nesse exame deve ser verificada posteriormente, pois provavelmente indica que algo está alterado.
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O mês de outubro é marcado por ações afirmativas relacionadas à prevenção e ao estímulo ao diagnóstico precoce do câncer de mama. Desde os anos 1990, o Outubro Rosa é conhecido mundialmente por convidar, de forma mais intensa, as mulheres para a realização de exames preventivos e, por meio de análises clínicas, aumentarem as chances de cura. Porém, é importante lembrar que não é somente o câncer de mama que, quando diagnosticado precocemente, salva vidas. Quando reconhecidos ainda em estágio inicial, casos de câncer do colo uterino e de ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) também podem ser controlados com maior efetividade.
Entre as ISTs mais comuns no Brasil estão: Herpes, HPV, Hepatite, Sífilis, HIV, Gonorréia, Clamídia e Candidíase. Todas necessitam não apenas de prevenção, por meio do uso de preservativos durante a relação sexual, por exemplo, mas também de tratamento adequado para evitar o avanço dos problemas e consequências mais sérias aos organismos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 38 milhões de pessoas no mundo convivem com o HIV. No Brasil, estimativas apontam que sejam aproximadamente 936 mil pessoas vivendo com HIV – vírus da imunodeficiência, que pode levar ao desenvolvimento da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). No Paraná, de 2015 a 2022 foram notificados 9.641 casos de Aids em adultos e 19.040 de HIV. Em 2023, até o momento, o estado registrou 364 casos de Aids, além de 1.059 de HIV
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Outubro Rosa: Governo de SC lança campanha de ações e mutirão de cirurgias de reconstrução mamária
No mês de prevenção ao câncer de mama, o Governo de Santa Catarina lança a campanha “A cor da esperança é rosa”, com ações que vão desde a busca pelo diagnóstico precoce até a cirurgia de reconstrução mamária. Por conta disso, o governador Jorginho Mello e a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto receberam representantes da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Santa Catarina nesta segunda-feira, 2, para uma café da manhã e anúncios importantes neste Outubro Rosa.
“É extraordinário essa parceria que foi estabelecida entre o Governo do Estado, por meio da secretaria da Saúde, com todas as Redes Femininas de Combate ao Câncer. Essas voluntárias são mulheres guerreiras, virtuosas, que estão sempre preocupadas em fazer o bem e alertando as mulheres para a importância do preventivo. É um trabalho muito importante que tem salvado muitas vidas. O encontro desta manhã é para valorizar todas as mulheres que fazem acontecer”, afirma o governador Jorginho Mello sobre o ato, realizado na Casa da Agronômica, em Florianópolis.
Em Santa Catarina, 58 mulheres aguardam pelo procedimento. Buscando reduzir a espera e trazer dignidade, estão sendo organizados mutirões de reconstrução mamária. Neste sentido, 21 pacientes já foram direcionadas ao Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST), de Joaçaba, onde estão passando pelo processo de consulta de avaliação para a realização da cirurgia.
A secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, explica que as ações são para todos os municípios de Santa Catarina. “Que este Outubro Rosa seja o mês de fortalecer as ações de prevenção, mas também de reconstrução mamária, por meio da nossa rede de hospitais que estão autorizados a fazer o procedimento. Estamos trabalhando para zerar a fila das mulheres que possam ter sua mama reconstruída garantindo, inclusive, a simetria, ou seja, se necessário, que o cirurgião plástico possa estar fazendo a colocação da prótese nas duas mamas”.
No Estado, 10 hospitais estão habilitados para realizar o procedimento de acordo com a portaria do Ministério da Saúde (MS), que institui a estratégia excepcional de ampliação do acesso à reconstrução mamária em caso de mulheres com diagnóstico de câncer de mama, no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS.
Importância do diagnóstico precoce
Receber o diagnóstico de câncer é sempre algo difícil. E no Brasil, cerca de 66 mil pacientes receberam o diagnóstico de câncer de mama em 2022. Com uma incidência de 99% nas mulheres, a doença também pode acometer homens. A forma mais importante de detecção é através dos exames de mamografia.
Em Santa Catarina, mais de 90 mil mulheres realizaram o exame somente em 2023. O tempo médio de espera entre a requisição e realização é de 20,65 dias. Tempo precioso, já que a detecção precoce é fundamental.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), um em cada três casos pode ser curado se descoberto logo no início. Na Maternidade Carmela Dutra, apenas em 2023, já foram realizadas 2.018 mamografias. Número 30% maior que em em 2022.
Na outra ponta, estão mulheres que passaram pelo tratamento e tiveram que realizar a mastectomia, ou seja, a retirada da mama. Para estas mulheres, há a garantia legal da realização de cirurgia de reconstrução mamária.
Mas a realização da cirurgia de reconstrução mamária, por vezes, não é a opção escolhida, neste sentido, o Governo do Estado também vai disponibilizar através da Rede Feminina de Combate ao Câncer e da AMUC, a distribuição de sutiãs com próteses de silicone.
Unidades habilitadas para reconstrução mamária:
Maternidade Carmela Dutra, em Florianópolis
Hospital e Maternidade Tereza Ramos, em Lages
Hospital de Caridade São Braz, em Porto União
Hospital e Maternidade Sagrada Família, em São Bento do Sul
Hospital Maternidade Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí
Hospital Regional do Alto Vale Rio do Sul
Hospital Santo Antônio, em Blumenau
Hospital São José, em Criciúma
Hospital Universitário Santa Terezinha, em Joaçaba
Hospital Lenoir Vargas Ferreira, em Chapecó
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Samara Meni
Telefone: 11 97529-0603
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Estatísticas alarmantes chamam atenção para a prevenção do suicídio
O aumento expressivo de casos de suicídio é uma triste realidade que afeta o mundo inteiro, causando impactos significativos na sociedade. Conforme dados recentes do DataSUS, nos últimos 20 anos, o número de suicídios dobrou, saltando de 7 mil para alarmantes 14 mil casos. Essa estatística ultrapassa as mortes resultantes de acidentes de moto no mesmo período, chegando a mais de um caso a cada hora, sem contar aqueles que não são devidamente registrados. É neste contexto preocupante que o Setembro Amarelo se revela como uma iniciativa de extrema relevância. A campanha é dedicada à conscientizar a população sobre a prevenção do suicídio. Ana Paula Lima, psicóloga e membro da rede de Credenciados do Plano CELOS, explica que essa campanha teve seu início no Brasil em 2015 e tem como objetivo central informar e evitar a ocorrência de suicídios. Uma das principais medidas para contribuir com essa causa é ficar atento aos sinais de sofrimento ao redor de você. Por exemplo, se um amigo está passando por uma situação de vulnerabilidade, demonstrando profunda tristeza ou uma falta notável de interesse em suas atividades diárias, é crucial prestar apoio. Além disso, é importante estar atento a pacientes com histórico de depressão grave, pois eles estão em maior risco.
A psicoterapia é um recurso fundamental nessa luta contra o suicídio, pois quanto mais uma pessoa se conhece, mais ela consegue gerenciar suas emoções e enfrentar seus desafios. Para aqueles que se encontram em momentos de desespero e não têm alguém com quem conversar, Ana Paula indica o Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece atendimento por meio de ligações telefônicas, acessíveis pelo número 188. Para que neste Setembro Amarelo você consiga contribuir, a especialista separou algumas dicas de como ajudar uma pessoa sob risco de suicídio. Confira: 1- Não trate as lamentações da pessoa como “drama” ou “exageros”. O contato inicial é muito importante, mas deve ser feito de forma adequada; 2- Falar de forma carinhosa e sem julgamentos, ouvir com atenção e se mostrar interessado com a conversa; 3- Falar sobre o assunto, sem medos e tabus;4- Ter empatia, paciência e demonstrar preocupação, cuidado e afeto; 5 -Conversar com amigos e familiares da pessoa e se manter ao lado dela para ajuda e apoio; 6 - Procurar entender os sentimentos da pessoa sem diminuir a importância deles; 7 - Não esperar a pessoa dizer que quer se matar para buscar ajuda. É preciso estar atento aos sinais de alerta e levar a situação a sério; 8 -Ir atrás das unidades e profissionais da saúde. O mês de setembro ainda é lembrado pela cor verde, dedicado às campanhas de: inclusão das pessoas com deficiência, a importância sobre a doação de órgãos e prevenção ao câncer de intestino. Ao longo de todo o ano diferentes campanhas são realizadas no País utilizando cores para trazer mais visibilidade e conscientização a diversas questões relacionadas à saúde. |
Rotina saudável é essencial para prevenção do diabetes infantil
Médicos e pais estão preocupados e não é por acaso. Ano após ano, cresce o número de crianças e jovens nos consultórios com diagnóstico de diabetes, doença crônica associada a diversos outros problemas de saúde, como os acidentes vasculares, o infarto, entre outros. A prevenção é essencial – e passa pela mudança de hábitos desde muito cedo. “Ainda na gestação a mulher precisa estar atenta principalmente à qualidade da alimentação”, diz a endocrinologista pediátrica, Rose Marie Linhares. Entrevistada do podcast Sua Saúde, produzido pelo Conselho Regional de Medicina (CRM-SC), ela destacou a importância da rotina saudável.
A diabetes se manifesta de duas maneiras
O tipo 1 é autoimune - associado a fatores genéticos. Sem que haja uma causa já identificada com exatidão, o organismo diminui a produção de insulina, hormônio essencial para o metabolismo do açúcar. Em pouco tempo, a criança apresenta sintomas como aumento da sede e da frequência urinária, perda de peso e um ‘adoecimento’ percebido pelos pais.
Já o tipo 2 é “silencioso” – e na maior parte dos casos está relacionado ao consumo excessivo de açúcares e a uma rotina que inclui muitas horas de telas, pouco tempo de atividade física, entre outros maus hábitos mais ou menos conhecidos de todos. A progressão é mais lenta – e o diagnóstico tardio aumenta a chance de complicações. O melhor a fazer, diz a médica, é prevenir. “A programação metabólica do indivíduo é bastante influenciada por hábitos inadequados desde a gestação e até os dois anos de vida. Esse período requer atenção especial”.
Além de seguir orientações nutricionais do ginecologista ou obstetra durante a gravidez, a mãe deve tentar manter o aleitamento como fonte exclusiva de alimentação do bebê até pelo menos os seis meses. “O aleitamento exclusivo é um protetor importante. Mas sabemos que nem sempre isso é possível. Por isso é importante que os pais estejam atentos à transição alimentar”. Segundo Rose Marie, não se deve acrescentar açúcares à dieta para ‘recompensar’ o bebê que deixa de mamar.
Fonte All Press