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Coluna da Saúde

Coluna da Saúde (89)

Hepatite é um termo que significa inflamação do fígado. A hepatite pode atingir pessoas de ambos os sexos e de todas as idades e raças.

Existem várias causas para inflamação do fígado, o que significa dizer que há  vários tipos de hepatite.  As principais causas são:

  • Vírus: Hepatite A, B, C, D e E.
  • Infecções do fígado.
  • Abuso de álcool.
  • Medicamentos e drogas.
  • Doença autoimune (quando o corpo inapropriadamente cria anticorpos contra nós mesmos).
  • Choque circulatório ou hipotensão grave.
  • Esteato-hepatite ( Gordura no Fígado)

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. correspondem por mais 95% dos casos. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite. 

A evolução das hepatites varia conforme o tipo de vírus. Os vírus A e E apresentam apenas formas agudas de hepatite (não possuindo potencial para formas crônicas). Isto quer dizer que, após uma hepatite A ou E, o indivíduo pode se recuperar completamente, eliminando o vírus de seu organismo. Por outro lado, as hepatites causadas pelos vírus B, C e D podem apresentar tanto formas agudas, quanto crônicas (doença persiste no organismo por mais de seis meses).

Ao contrário do que o senso comum possa indicar o vírus da hepatite A é completamente diferente do vírus da hepatite B, que por sua vez, nada tem a ver com o da hepatite C. São, portanto, doenças distintas, apesar do nome quase idêntico.

Falaremos da hepatite A (HAV) e na próxima coluna falaremos das outras hepatites.

A hepatite A (HAV) é transmitida pela via fecal-oral. As pessoas infectadas eliminam o vírus em suas fezes de modo constante. Para ser infectado é preciso que o vírus entre em contato com nossa boca. O contato oral com fezes de outros, em um primeiro momento, pode parecer um via improvável, porém, é muito mais comum do que imaginamos. Quanto pior for a condição de higiene do meio, mais fácil será a transmissão.

Exemplos de como se pode transmitir a hepatite A (HAV):

– Comidas preparadas por pessoas que não lavam as mãos após evacuação.
– Mergulhar em praias ou lagoas que recebem esgoto não tratado (o HAV pode se permanecer viável por até 6 meses).
– Frutos do mar oriundos de águas poluídas com esgoto não tratado.
– Tocar em objetos contaminados e logo após levar a mão a boca inadvertidamente.
– A hepatite A não é uma doença sexualmente transmissível, porém, ter relações com pessoas infectadas é um fator risco, principalmente se houver sexo anal seguido de sexo oral .

Um dos grandes problemas da hepatite A (HAV) é que o paciente contaminado começa a eliminar o vírus antes mesmo dos sintomas iniciarem-se. Por exemplo, cozinheiros com maus hábitos de higiene podem trabalhar semanas transmitindo o vírus sem que se suspeite da contaminação.

Geralmente, não apresenta sintomas. Porém, os mais frequentes são: cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Quando surgem, costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção. Como as hepatites virais são doenças silenciosas, consulte regularmente um médico e faça o teste.

O diagnóstico da doença é realizado por exame de sangue, no qual se procura por anticorpos anti-HAV. Após a confirmação, o profissional de saúde indicará o tratamento mais adequado, de acordo com a saúde do paciente. A doença é totalmente curável quando o portador segue corretamente todas as recomendações médicas. Na maioria dos casos, a hepatite A (HAV)  é uma doença de caráter benigno. Causa insuficiência hepática aguda grave e pode ser fulminante em menos de 1% dos casos.

Já existe vacina para hepatite A (HAV) e sua administração é recomendada em crianças aos 12 e 18 meses de idade. A vacina também pode ser aplicada em adultos a qualquer momento. A vacinação de profissionais que trabalham com comida é útil para evitar epidemias pela transmissão através de alimentos. A vacina também é importante para pacientes que já tenham alguma outra doença do fígado, uma vez que este grupo apresenta maior risco de complicações quando exposto ao vírus da hepatite A (HAV)

A vacina da hepatite A (HAV) foi introduzida no calendário infantil em 2014

Outra forma de se evitar a doença é melhorando as condições de higiene e de saneamento básico, como por exemplo:

  • Lavar as mãos após ir ao banheiro, trocar fraldas e antes de comer ou preparar alimentos;
  • Lavar bem, com água tratada, clorada ou fervida, os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por 30 minutos;
  • Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e carne de porco;
  • Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
  • Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto a céu aberto;
  • Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios, para não comprometer o lençol d'água que alimenta o poço. Deve-se respeitar, por medidas de segurança, a distância mínima de 15 metros entre o poço e a fossa do tipo seca e de 45 metros, para os demais focos de contaminação, como chiqueiros, estábulos, valões de esgoto, galerias de infiltração e outros;
  • Caso haja algum doente com hepatite A em casa, utilizar hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária ao lavar o banheiro;
  • No caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas, adotar medidas rigorosas de higiene, tal como a desinfecção de objetos, bancadas e chão utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária.

Fonte: Ministério da Saúde.

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A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença caracterizada pela elevação dos níveis tensionais no sangue. O sangue é bombeado pelo coração para irrigar os órgãos ou movimentar-se exercendo assim  uma força contra a parede das artérias. Quando a força que esse sangue precisa fazer está aumentada, isto é, as artérias oferecem resistência para a passagem do sangue, dizemos que há hipertensão arterial, ou popularmente pressão alta.

A Hipertensão arterial acontece quando a nossa pressão está acima do limite considerado normal, que, na média, é máxima em 120 e mínima em 80 milímetros de mercúrio, ou simplesmente 12 por 8. Valores inferiores a 14 por 9 podem ser considerados normais a critério médico.

A pressão arterial é medida através de aparelhos como o tensiômetro ou Esfigmomanômetro e pode ter uma variação relativamente grande sem sair dos níveis de normalidade. Para algumas pessoas ter uma pressão abaixo de 12/8, como, por exemplo, 10/6, é normal. Já valores iguais ou superiores a 14 (máxima) e/ou 9 (mínima) são considerados como hipertensão para todos .

Quem já é hipertenso (pressão igual ou acima de 14 por 9) ou tem a pressão arterial limítrofe (acima de 12 por 8 e inferior a 14 por 9) deve fazer controle médico periódico e seguir as orientações dadas por aquele profissional.

A hipertensão arterial é uma síndrome metabólica geralmente acompanhada por outras alterações, como por exemplo, obesidade. Cerca de 20% da população brasileira é portadora de hipertensão, sendo que 50% da população com obesidade tem a doença. Além da obesidade, há vários outros fatores que influenciam os níveis de pressão arterial, sendo que as pessoas que se enquadram em um ou mais deles  precisam medir a pressão regularmente, pois tem maior risco de se tornarem hipertensas. São eles:

  • Fumo
  • Consumo de bebidas alcoólicas
  • Estresse
  • Grande consumo de sal
  • Níveis altos de Colesterol
  • Falta de atividade física
  • Diabetes
  • Sono inadequado.

A hipertensão pode ser dividida em três estágios, definidos pelos níveis de pressão arterial. Esses números, somados a condições relacionadas que o paciente venha a ter, como, diabetes  ou histórico de AVC determinam se o risco de morte cardiovascular do paciente é leve, moderado, alto ou muito alto. Além disso, quanto mais alta a pressão arterial, maior a chance de o paciente precisar usar medicamentos.

  • Estágio I: hipertensão acima de 140 por 90 e abaixo que 160 por 100
  • Estágio II: hipertensão acima de 160 por 100 e abaixo de 180 por 110
  • Estágio III: hipertensão acima de 180 por 110.

A Hipertensão é muito assintomática, sendo  esse um dos aspectos que dificulta o diagnóstico e o consequente tratamento da doença..

Os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando a pressão sobe muito: podem ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal.

A hipertensão não tem cura, mas tem tratamento para ser controlada. Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique, bem como, não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico.

É importante ressaltar que o tratamento para hipertensão nem sempre significa o uso de medicamentos, mas se estes forem indicados, ela deve aderir ao tratamento e continuar a tomá-lo mesmo que esteja se sentindo bem. O Ministério da Saúde oferece gratuitamente medicamentos pela Farmácia Popular. Para retirar os remédios, basta apresentar um documento de identidade com foto, CPF e receita médica dentro do prazo de validade, que são 120 dias. A receita pode ser emitida tanto por um profissional do SUS quanto por um médico que atende em hospitais ou clínicas privadas.  Mas mesmo para quem faz uso de medicação é imprescindível adotar um estilo de vida saudável:

  • Manter o peso adequado, se necessário, mudando hábitos alimentares.
  • Não abusar do sal, utilizando outros temperos que ressaltam o sabor dos alimentos.
  • Praticar atividade física regular
  • Aproveitar momentos de lazer
  • Abandonar o fumo
  • Moderar o consumo de álcool
  • Evitar alimentos gordurosos
  • Controlar o diabetes.

 No Brasil, a hipertensão afeta mais de 30% dos adultos. Cerca de 315 mil óbitos ocorrem anualmente por doenças cardiovasculares, dos quais mais da metade estão relacionados à hipertensão, com destaque para os derrames e infartos. Além disso, a hipertensão é, em nosso meio, a principal causa de doença renal crônica, que ocasiona mais de 10 mil óbitos anuais no país e a inclusão de 95 mil pessoas em programas de diálise ou filas de transplante. Pense nisso.


Fonte: Ministério da Saúde.

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Diabetes Mellitus é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz. A insulina promove a redução da glicemia ao permitir que o açúcar que está presente no sangue possa penetrar dentro das células, para ser utilizado como fonte de energia. Portanto, se houver falta desse hormônio, ou mesmo se ele não agir corretamente, haverá aumento de glicose no sangue e, consequentemente, o diabetes.

Considerada epidemia mundial, a enfermidade está relacionada ao envelhecimento da população, ao sedentarismo, a dietas pouco saudáveis e ao aumento da obesidade. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, estima-se que existam cerca de 11 milhões de portadores de diabetes - sendo que 3,5 milhões ainda não sabem que têm a doença.

Os tipos de Diabetes são:

Diabete Tipo 1 (DM 1) o pâncreas perde a capacidade de produzir insulina em decorrência de um defeito do sistema imunológico, fazendo com que nossos anticorpos ataquem as células que produzem esse hormônio. O diabetes tipo 1 ocorre em cerca de 5 a 10% dos pacientes com diabetes. Os sintomas mostra um quadro clínico com características de um início relativamente rápido (alguns dias até poucos meses) como: sede, diurese e fome excessivas, emagrecimento importante, cansaço e fraqueza. Se o tratamento não for realizado rapidamente, os sintomas podem evoluir para desidratação severa, sonolência, vômitos, dificuldades respiratórias e coma. Esse quadro mais grave é conhecido como Cetoacidose Diabética e necessita de internação para tratamento.

Diabetes tipo 2 (DM 2) existe uma combinação de dois fatores - a diminuição da secreção de insulina e um defeito na sua ação, conhecido como resistência à insulina. Geralmente, o diabetes tipo 2 pode ser tratado com medicamentos orais ou injetáveis, contudo, com o passar do tempo, pode ocorrer o agravamento da doença. O diabetes tipo 2 ocorre em cerca de 90% dos pacientes com diabetes. O quadro clinico é mais lento e os sintomas são : sede, aumento da diurese, dores nas pernas, alterações visuais e outros - podem demorar vários anos até se apresentarem. Se não reconhecido e tratado a tempo, também pode evoluir para um quadro grave de desidratação e coma.

Diabetes Gestacional - Atenção especial deve ser dada ao diabetes diagnosticado durante a gestação. Pode ser transitória ou não e, ao término da gravidez, a paciente deve ser investigada e acompanhada. Na maioria das vezes ele é detectado no 3o trimestre da gravidez, através de um teste de sobrecarga de glicose. A causa exata do Diabetes Gestacional ainda não é conhecida.

Outros Tipos de Diabetes - Outros tipos de diabetes são bem mais raros e incluem defeitos genéticos da função da célula beta (MODY 1, 2 e 3), defeitos genéticos na ação da insulina, doenças do pâncreas (pancreatite, tumores pancreáticos, hemocromatose), outras doenças endócrinas (Síndrome de Cushing, hipertireoidismo, acromegalia) e uso de certos medicamentos.

Existem fatores de risco (pré-disposição), para os tipos de Diabetes são eles:
O diagnóstico laboratorial pode ser feito de três formas e, caso positivo, deve ser confirmado em outra ocasião. São considerados positivos os que apresentarem os seguintes resultados:

1) Glicemia de jejum superior a 126 mg/dl (jejum de 8 horas).

2) Glicemia casual (colhida em qualquer horário do dia, independente da última refeição realizada (superior a 200 mg/dl em paciente com sintomas característicos de diabetes.

3) Glicemia superior a 200 mg/dl duas horas após sobrecarga oral de 75 gramas de glicose.

Outro diagnostico laboratorial e a Hemoglobina Glicada (HbA1c) a fração da hemoglobina que se liga a glicose. Durante o período de vida da hemácia (90 dias em média ) a hemoglobina vai incorporando glicose, em função da concentração deste açúcar no sangue. Se as taxas de glicose estiverem altas durante todo esse período ou sofrer aumentos ocasionais, haverá necessariamente um aumento nos níveis de hemoglobina glicada. Dessa forma, o exame de hemoglobina glicada consegue mostrar uma média das concentrações de hemoglobina em nosso sangue nos últimos 3 meses . Valores normais da hemoglobina glicada:

• Para as pessoas sadias: entre 4,5% e 5,7%
• Para pacientes já diagnosticados com diabetes: abaixo de 7%
• Anormal próximo do limite: 5,7% e 6,4% e o paciente deverá investigar para pré-diabetes
• Consistente para diabetes: maior ou igual a 6,5%.

Tratamento - O tratamento correto do diabetes significa manter uma vida saudável e o controle da glicemia, a fim de evitar possíveis complicações da doença. Os principais cuidados para tratar o diabetes incluem:

Dieta controlada - Pessoas com diabetes de vem evitar os açúcares simples presentes nos doces e carboidratos simples, como massas e pães, pois eles possuem uma quantidade muito alta de açúcares.

Exercícios físicos - A atividade física é essencial no tratamento do diabetes para manter os níveis de açúcar no sangue controlados e afastar os riscos de ganho de peso.

Maneire no consumo de bebidas alcoólicas - O consumo de álcool não é proibido, mas deve ser moderado e sempre acompanhado de um alimento, pois o consumo isolado pode causar hipoglicemia.

Evite saunas e escalda pé - O diabetes afeta a microcirculação, lesionando as pequenas artérias (arteríolas) que nutrem os tecidos, que atingem especialmente as pernas e os pés.

Corte o cigarro - Diabetes e cigarro multiplicam em até cinco vezes o risco de infarto
Cuide da saúde bucal - A higiene bucal após cada refeição para o paciente com diabetes é fundamental. Isso porque o sangue dos portadores de diabetes, com alta concentração de glicose, é mais propício ao desenvolvimento de bactérias.

Medicamentos: Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
Fonte: Ministério da Saúde.
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Nas Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) a AIDS é a doença que traz maior preocupação na área da Saúde Pública.
As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) são doenças causadas por vários tipos de agentes. São transmitidas, principalmente, por contato sexual sem o uso de camisinha, com uma pessoa que esteja infectada e, geralmente, se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.

As DSTs são consideradas como um dos problemas de Saúde Pública, mais comuns em todo o mundo. Em ambos os sexos, tornam o organismo mais vulnerável a outras doenças, inclusive a AIDS, além de terem relação com a mortalidade materna e infantil. São elas:

  • AIDS.
  • Cancro mole.
  • Condiloma acuminado ou HPV.
  • Gonorreia.
  • Clamídia.
  • Herpes Genital.
  • Linfogranuloma venéreo.
  • Sífilis.
  • Tricomoníase.
  • Doença Inflamatória Pélvica (DIP).
  • Vaginose Bacteriana.
  • Corrimento Vaginal.
  • HTLV e Pediculose Pubiana.
  • Hepatite B, entre outras.
Em primeiro lugar, fazer sexo sem camisinha significa estar vulnerável às DSTs, assim como compartilhar seringas e adotar outros comportamentos de risco. Se você teve alguma atitude que pode comprometer sua saúde, procure fazer exames e se cuidar. Um diagnóstico precoce pode fazer a diferença no tratamento de doenças.

É importante notar, entretanto, que algumas DSTs não apresentam nenhum sintoma, de modo que é necessário manter uma rotina de acompanhamento médico regular, com a realização dos exames indicados pelo especialista.

O Ministério da Saúde enumerou uma série de sintomas que podem estar relacionados a diferentes DSTs. Um diagnóstico exato, entretanto, somente poderá ser realizado consultando um médico. Confira a lista:

SINTOMAS: Corrimento pelo colo do útero e/ou vagina (branco, cinza ou amarelado), coceira, dor ao urinar e/ou dor durante a relação sexual, cheiro ruim na região.
DSTS PROVÁVEIS: Tricomoníase, gonorreia, clamídia.
SINTOMAS: Corrimento pelo canal urinário, de cor amarela purulenta ou mais clara. Às vezes com cheiro ruim, pode vir acompanhado de coceira e sintomas urinários, como dor ao urinar e vontade de urinar constante.
DSTS PROVÁVEIS: Gonorreia, clamídia, tricomoníase, micoplasma, ureoplasma.
SINTOMAS: Presença de feridas na região genital (pode ser uma ou várias), dolorosas ou não, antecedidas ou não por bolhas pequenas, acompanhadas ou não de "íngua" na virilha.
DSTS PROVÁVEIS: Sífilis, cancro mole, herpes genital, donovanose, linfogranuloma venéreo.
SINTOMAS: Verrugas genitais ou "crista de galo" (uma ou várias), que são pequenas no início e podem crescer rapidamente e se parecer como uma couve-flor.
DSTS PROVÁVEIS: Infecção pelo papilomavírus humano (HPV).

EXAMES: Para realizar os exames de DSTs, é possível recorrer aos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). Os CTA são serviços de saúde que realizam ações de diagnóstico e prevenção das DSTs. Neles, é possível realizar gratuitamente testes para HIV, sífilis e hepatites B e C. Segundo o site do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, o atendimento nesses centros é inteiramente sigiloso e oferece a quem faz o teste a possibilidade de ser acompanhado por uma equipe de profissionais de saúde. Eles vão orientar o paciente sobre o resultado final do exame, independente de ser positivo ou negativo. Quando os resultados são positivos, os CTA são responsáveis por encaminhar as pessoas para tratamento nos serviços de referência.

Tratamento: Todas as DSTs tem um tipo de tratamento específico, dependendo muitas vezes do tipo de infecção que se trata. As DSTs podem ser causadas por bactérias, fungos ou vírus, e muitas delas não apresentam sintomas. Desse modo, é fundamental realizar exames de rotina, além de usar o preservativo para prevenir a contaminação.

Entre as gestantes, o não tratamento de uma DST pode gerar abortos espontâneos, natimortos, baixo peso ao nascer, infecção congênita e perinatal. Nas mulheres com infecções por gonorreia ou clamídia que não são tratadas, 10 a 40% desenvolvem doença inflamatória pélvica (DIP), aumentando 6 a 10 vezes as chances de desenvolver a gravidez ectópica. O HPV está relacionado ao câncer de colo de útero, vagina, vulva e ânus. Desse modo, prevenir e tratar as DST são fundamentais para evitar complicações das doenças.

Para saber qual é o procedimento indicado no caso de qualquer doença, é preciso que ela seja identificada por um médico. O diagnóstico precoce pode ser muito útil para o processo de cura, sendo recomendado consultar um especialista assim que aparecer qualquer sintoma, além de realizar os exames de rotina.

Com relação às DSTs, muitas vezes o paciente interrompe os cuidados assim que os sintomas desagradáveis desaparecem, acreditando que se livrou do problema. Entretanto, é fundamental seguir à risca as recomendações médicas, até que você receba a liberação do tratamento.

Para que se rompa a cadeia de transmissão da DST, é importante envolver seu parceiro sexual no tratamento, mesmo que ele não apresente sintomas. Isso serve para a maioria das doenças. Se você tiver qualquer dúvida, aproveite a oportunidade e pergunte ao seu medico. Buscar informações na internet ou com amigos pode trazer ainda mais dúvidas, então é importante manter um canal de comunicação aberto com seu médico.

Fonte: Ministério da Saúde

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